Não vou aqui hoje discutir a eficácia/efectividade de nenhuma das mais clássicas, apesar de subscrever plenamente o que um professor irlandês de Psiconeuroimunologia dizia: "If I ever go nuts, connect me to the mains..." (Tradução livre: "Se eu ficar doente, ponham-me o dedo na ficha eléctrica e dêem-me músicas do Nel Monteiro") (Tradução do Google: "Se eu enlouquecer, me ligar à corrente")
A bujoterapia já é conhecida desde o Egipto. De acordo com a evidência científica, tem um indubitável valor profiláctico no que toca à saúde mental. Pensa-se que tenha ainda um valor curativo no que toca à oligúria.
A formação em bujoterapia não dura muito tempo. Talvez uns 30 minutos... É feita, de forma continuada, nas tascas à volta das escolas e faculdades deste país... As pessoas do sexo masculino são, à partida, peritas na coisa.
A bujoterapia não requer um grande investimento. Apenas a necessária e suficiente quota-parte na cadeia de lojas de distribuição alimentar mais próxima... Consta que a bujoterapia tem uma relação custo/benefício bastante boa na Alemanha, motivo que vai originar, segundo se espera, um grande fluxo migratório para esse país, nos próximos tempos.
Para os que ainda se questionam sobre o que é a bujoterapia, penso que as instruções para a sua realização serão elucidativas. As instruções que se seguem são válidas para o sexo masculino (oh não, mais um post machista...) mas poderão ser adaptáveis facilmente ao sexo oposto...
1) Vá à loja da cadeia de distribuição alimentar mais próxima e compre 5 litros de cerveja, ou arranje uma geringonça destas ou similar e siga as instruções
2) Assegure-se que a "patroa" foi sair com as amigas
3) Convide os amigos lá para casa
4) Saboreie em conjunto com os seus amigos o líquido amare... dourado...
3) Convide os amigos lá para casa
4) Saboreie em conjunto com os seus amigos o líquido amare... dourado...
5) Permita que cada um fale de si, de mulheres, do trabalho, de futebol, do que quer que seja... (tópicos para as mulheres: compras, roupa, pensos higiénicos - grande parte dos anúncios de pensos higiénicos revelam-nos que cada vez que um grupo de mulheres se junta é para falar sobre pensos higiénicos ou tampões, o que quer que seja...)
6) Repita o tratamento semanal ou quinzenalmente.
Vantagens da bujoterapia:
- Promove a autoestima
- Melhora o suporte social
- Melhora a assertividade e a expressão das emoções.
- Quando em contexto de obra, melhora a qualidade dos piropos
Advertências:
- A bujoterapia, como qualquer tratamento, não deve ser usado em excesso, pois transforma fígados saudáveis em iscas com elas.
- O consumo agudo de bujas pode fazê-lo fazer table-dancing e imitar a Amy Winehouse...
- A bujoterapia dá dependência se for feita todos os dias...
- Pode, igualmente, contribuir para sugar uma parte significativa dos seus rendimento. Mas isso, também os papa-reformas e o Ministério das Finanças... já para não falar daquelas senhoras que gostam de dançar em varões...
9 comentários:
Genial...no entanto a cena dos pensos higiénicos é mítica...não corresponde à realidade...
Obrigado :)
Claro que é mítica... A caricatura é mesmo aos anúncios de pensos...
Lembrei-me agora dos velhinhos "Reglex"...LOL
Bujoterapia: não me aprece...
Sou mesmo muito naif.... Então não é, que leveí quase todo o texto a pensar que bujoterapia se tratava de fazer bijuteria!!! Só mais para o final percebi que se estava noutra onda. Bom e explico porquê Bijuteria: Existe um numero já elevado de mulheres a comprar "maéria prima" como bolinhas, fechos de fios, pedrinhas às cores, fieiras e o famoso "trapilho" - matéria da qual se servem para manufactuar colares para senhoras... e vendem aquilo que nem bujas (só que não ficam bem nos homens como as bujas - são de uso exclusivo feminino). Como isto me parece uma febre, de tal forma que já existem "n" lojas fornecedoras desta matéria prima a dar lucro... eu julgueí que era a essa espécie de arte/negócio, que o Dr. psiquiatra na net, se estava a referir como terapia. Até porque tenho amigas minhas que fazem esta actividade com tal empenho e motivação que esqueceram outros temas de conversa. Ora, eu que não sou nada dada a crochets, rendas nem bordados nem qualquer especie de trabalhos manuais, estava a ficar assustada se teria de me render perante a minha repulsa por este tipo de trabalhos femininos.
Apesar de eu não apreciar muito as tais "bujas" de que fala, sempre é melhor que o que eu estava a pensar. Agora uma perguntinha Sr. Dr. pode-se trocar as bujas por um bom panaché fresquinho, ou um Martini on the rox com 1 pedrinha de gelo? Se a resposta for positiva eu e aqui o meu sócio maridão, começamos já amanhã com o tratamento, que é sábado à noite!
Abraço
P.S.: Tanta maliquice, meu Deus e eu que já tenho idade para ter juízinho, este dr tira-me do sério, mas faz-me rir e eu preciso)
Atena: isso é outra forma de terapia...
Em relação à buja, pode ser substituida por bailey's, panache, Martini, squash, sacos de boxe...
O importante é mesmo a interacção social...
Deve ser de ser do sexo oposto, mas a bujoterapia nunca me seduziu.
Não gosto do líquido amarelo.
Quanto ao mito de falarmos de pensos e tampões... isso deve ser no país dos srs que criam essas publicidades, porque aqui pelo cantinho, em quase anos de vida, nunca vi nada disso...
Mas agora grávida, assumo que os temas de conversa são sempre os bebés e as coisas relacionadas :)
beijinhos
Em relação aos pensos higiénicos: sim, é um estereótipo criado pela publicidade e sim, estou nitidamente a ironizar! :)
Em relação aos bebés, também daria pano para mangas a temática dos baby blogs... mas isso é assunto para um post... :)
epá rendo-me...preciso de bujoterapia!
Quanto à buja na versão feminina, aqui pelos meus lados é mais à base de sangria, também preferimos mandar o "patrão" com os filhos para a casa da sogra, para ficarmos com a casa livre.
Os tópicos normalmente são gajos, dizer mal de gajas, dizer mal de gajos, gajos (again), arranjar gajos para gajas e vice versa.
De qualquer modo o assunto tabú é o trabalho (no meu caso: escola))
Estas saidas fazem bem à minha (in)sanidade mental:)
cya
Enviar um comentário