Farto de ver filmes com planos assustadoramente dinâmicos de árvores em pleno movimento?
Farto de frequentar cinemas onde as pessoas te tratam por tu e invocam o saudosismo dos filmes de Fellini?
Farto de ser excluído por não saber de cor a filmografia completa do Lars von Trier?
Este blog tem a solução.
Hoje inauguramos uma nova rubrica - o ESPAÇO CINÉFILO: o sítio onde pode mandar o Lars von Trier às urtigas, sem problemas.
Para dar o pontapé de saída, vamos falar sobre Shutter Island (ou, em Português para Fotógrafos), a ilha dos Obturadores.
Sinopse (Sapo Cinema):
1954, o pico da Guerra Fria, os agentes Teddy Daniels e Chuck Aule são convocados a "Shutter Island" para investigar o improvável desaparecimento de uma criminosa do impenetrável Ashecliffe Hospital. Rodeados por circunspectos psiquiatras e perigosos pacientes psicopatas, eles vêem-se envolvidos numa atmosfera misteriosa e volátil que sugere que nada é o que parece… Com um furacão a aproximar-se da ilha, a investigação progride rapidamente. No entanto, à medida que a tempestade aumenta de intensidade, as suspeitas e os mistérios multiplicam-se, cada um mais terrível e tenebroso que o anterior. Há indicações e rumores de conspirações sombrias, sórdidas experiências médicas, alas secretas, controlo mental e inclusive de algo sobrenatural. Movendo-se nas sombras do hospital, assombrado pelos terríveis actos dos seus instáveis habitantes e pelos desígnios desconhecidos dos igualmente suspeitos médicos, Teddy começa a sentir que, quanto mais fundo ele chega na investigação, mais perto está de se ver confrontado com alguns dos seus mais profundos e devastadores medos. E apercebe-se também que poderá não sair vivo daquela ilha...
Mini-crítica (Psiquiatra da Net)
Shutter Island não é um filme para meninos. O seu fim ainda hoje é discutido em vários fórums: parece haver três facções distintas - uma (que parece incluir o próprio realizador, Martin Scorcese), que acredita que o protagonista tinha esquizofrenia paranóide. Outra (que parece incluir os partidários da Cientologia) acredita que o cavalheiro não tinha problema nenhum, que o problema era da sociedade, que não o sabia aceitar. A outra, por último, acredita que o filme é uma treta, e que todo o enredo não é nada que o Sócrates não consiga fazer, nos seus dias menos produtivos. Acreditam ainda que o filme é, todo ele, uma metáfora para o FMI...
Em suma, se acha que não é para si, vá ver filmes da Disney .(excepto o Bambi e a Pocahontas)